segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O FALSO ECUMENISMO NO MEIO CATÓLICO

No meio católico atual, o termo "ecumenismo" tem ganhado muita força e vários segmentos da Igreja o tem defendido, mas não só isso, tem também realizados certas práticas em defesa dessa ideia. Então, diante desse contexto, surgem muitos debates sobre esse tema, alguns afirmando que o mesmo é algo bom para a humanidade e para Igreja, no entanto outros afirmam que não passa de modernismo, heresia e sincretismo religioso. Então que conclusão podemos tirar sobre o que seria o ecumenismo e pode o católico ou não ser ecumênico?

DEFINIÇÃO DE ECUMENISMO
Basicamente, ecumenismo é o diálogo espiritual e a atividade que a Igreja estabelece com outros cristãos. "Outros cristãos" neste contexto é compreendido como não católicos validamente batizados.

Portanto o diálogo ecumênico se torna possível apenas entre aqueles que são os considerados cristãos, como por exemplo, ortodoxos, anglicanos e até mesmo protestantes, com o objetivo de se restabelecer a unidade na Igreja Católica. Como diz o próprio documento no seu primeiro parágrafo:

"1. Promover a restauração da unidade entre todos os cristãos é um dos principais propósitos do sagrado Concílio Vaticano II. Pois Cristo Senhor fundou uma só e única Igreja. Todavia, são numerosas as Comunhões cristãs que se apresentam aos homens como legítima herança de Jesus Cristo. Todos, na verdade, se professam discípulos do Senhor, mas têm pareceres diversos e caminham por rumos diferentes, como se o próprio Cristo estivesse dividido (I Cor. 1: 13). Esta divisão, porém, contradiz abertamente a vontade de Cristo, e é escândalo para o mundo, como também prejudica a santíssima causa da pregação do Evangelho a toda a criatura."

No entanto, "a Igreja encoraja communicatio in spiritualibus entre católicos e protestantes, mas limita estritamente a communicatio in sacris a alguns sacramentos, e mesmo assim entre católicos e membros de uma Igreja oriental não-católica (veja canon 844). Por "igreja oriental não-católica" queremos dizer uma igreja oriental histórica (Ortodoxa do Leste, Ortodoxa oriental ou Igreja Assíria do Leste) cujos sacramentos e sucessão apostólica a Igreja reconhece como válidos. É diferente dos protestantes (incluindo Anglicanos), cujas afirmações de ter sacramentos válidos e sucessão apostólica a Igreja Católica não reconhece."¹ Portanto o ecumenismo é algo perfeitamente válido, mas não com o objetivo de se negar a Verdade, mas para restabelecer em Cristo, ou seja, na Igreja Católica, a união de todos os Cristão como era na época da Cristandade.

ERROS NA INTERPRETAÇÃO DO ECUMENISMO

Não sei se por pura ignorância ou se por safadeza deliberada, se ensina que o ecumenismo deve ser compreendido entre todos e diversos tipos de religiões, em nome do "respeito humano" e da "igualdade", no sentido de que todas as religiões são igualmente boas. Contudo, o grande perigo dessas idéias é que podemos cair no perigo da negação do dogma que diz que "fora da Igreja não há salvação".

Mais grave ainda é se pregar um sincretismo religioso, se inserindo no meio católico elementos de outras religiões, como vemos em certos encontros da Igreja (pra não dizer o encontro das CEB's) onde mães de santo incensam o altar na abertura da Santa Missa, causando um verdadeiro sacrilégio e uma profanação da Sagrada Eucaristia.


Ou seja, distorcem a palavra do Sagrado Concílio e ainda profanam a Eucaristia em nome de uma coisa que a Santa Igreja nunca disse em nenhum de seus documentos. Portanto é importante que conheçamos o que diz os documento do Concílio Vaticano II para que não realizemos sacrilégio em nome de algo que a Igreja NUNCA professou. 

Devemos sim respeitar qualquer pessoa que pertença a outro segmento religioso porém, devemos combater qualquer falsa doutrina, principalmente se essa se encontra presente no meio da nossa Igreja na forma de sincretismo religioso. Pois a Verdade se encontra na Igreja de Cristo, na Igreja Católica, Apostólica Romana. Para encerrar, as palavras do Santo Padre Bento XVI quando ainda era papa sobre o ecumenismo:

"Há que relembrar, por fim, que da parte da Igreja e dos seus membros, o diálogo, seja qual for a forma sob a qual ele se desenrole — e existem e podem existir formas muito diversas, pois o próprio conceito de diálogo tem valor analógico — não poderá nunca partir de uma atitude de indiferença em relação à verdade; mas tem de ser, sobretudo, uma apresentação da verdade, feita serenamente e com respeito pela inteligência e pela consciência dos outros. O diálogo da reconciliação não poderá nunca substituir ou atenuar o anúncio da verdade evangélica, que tem como objetivo preciso a conversão, abandonando o pecado, e a comunhão com Cristo e com a Igreja; mas deverá servir para a sua transmissão e realização, através dos meios deixados por Cristo à Igreja para a pastoral da reconciliação: a catequese e a Penitência."

1 - Eles também não gostam do Ecumenismo.David A. Conceição, março de 2011, blogue Tradição em Foco com Roma.

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