quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

A INTERSEÇÃO DOS SANTOS


Muitas outras religiões, dentre elas os protestantes, atacam com veemência o dogma da Interseção dos santos que a Igreja Católica sempre professou durante tantos anos. Será que esse dogma é realmente verdadeiro ou isso é mais uma invenção da Igreja católica?

vejamos o que diz os três grandes pilares de nossa santa doutrina: A Sagrada Escritura, A Sagrada Tradição e o Sagrado Magistério.

SAGRADA ESCRITURA

"Os quatro viventes e os vinte e quatro anciões se prostraram diante do Cordeiro. Tinha cada um uma cítara e taças de ouro cheias de perfumes, que são as orações dos santos" (Ap 5,8).

"A fumaça dos perfumes subiu da mão do anjo com as orações dos santos, diante de Deus" (Ap 8,4).

Os trechos acima mencionam as orações feitas pelos santos a Deus. Será que não há interseção?

Outro exemplo é o de Abraão que intercedeu por Sodoma, e Deus aceitou a sua intercessão (Gen. 28, 26-32)

"Entretanto levantando-se uma murmuração do povo contra o Senhor, como de quem se queixava de fadiga. O Senhor, tendo ouvido isso, irou-se. E o fogo do Senhor, aceso contra eles, devorou uma extremidade do acampamento. O povo tendo chamado Moisés, Moisés orou ao Senhor e o fogo extinguiu-se" (Num. 11, 1-3).

"Parecia-lhe [Judas Macabeu] que Onias, sumo sacerdote [...] orava de mãos estendidas por todo o povo judeu [...] Onias apontando para ele, disse: 'Este é amigo de seus irmãos e do povo de Israel; é Jeremias, profeta de Deus, que ora muito pelo povo e por toda a cidade santa". (II Mac 15, 12-15)

SAGRADA TRADIÇÃO

São Cirilo de Jerusalém, em suas leituras catequéticas, escreveu por volta do ano de 350 a.C.
"Façamos menção aos já falecidos; primeiro aos patriarcas, profetas, apóstolos e mártires, que por suas súplicas e orações Deus receberá nossos pedidos"

Em sua obra Contra Fausto, Santo Agostinho escreveu:
"O povo cristão celebra unidos em solenidade religiosa a memória dos mártires, tanto para encorajar que sejam imitados e para que possam repartir seus méritos e serem auxiliados pelas suas orações"

São Cipriano de Cartago, em uma de suas epístolas afirma:
"Se um de nós partir primeiro deste mundo, não cessem as nossa orações pelos irmãos"

São João Cassiano diz também que:
"Por vezes, é a intercessão dos santos que alcança o perdão das nossas faltas"
SAGRADO MAGISTÉRIO

Assim nos ensina o Catecismo da Igreja Católica:
"Pelo fato que os do céu estão mais intimamente unidos com Cristo, consolidam mais firmemente a toda a Igreja na santidade... Não deixam de interceder por nós ante o Pai. Apresentam por meio do único Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, os méritos que adquiriram na terra... Sua solicitude fraterna ajuda, pois, muito a nossa debilidade." (CIC 956)

"As testemunhas que nos precederam no Reino, especialmente as que a Igreja reconhece como "santos", participam da tradição viva da oração pelo exemplo modelar de sua vida, pela transmissão de seus escritos e por sua oração hoje. Contemplam a Deus, louvam-no e não deixam de velar por aqueles que deixaram na terra. Entrando "na alegria" do Mestre, eles foram "postos sobre o muito". Sua intercessão é o mais alto serviço que prestam ao plano de Deus. Podemos e devemos pedir-lhes que intercedam por nós e pelo mundo inteiro." (CIC 2683)

Também nos ensina assim o Catecismo de São Pio X:
"Os bens comuns internos na Igreja são: a graça que se recebe nos Sacramentos, a Fé, a Esperança, a Caridade, os merecimentos infinitos de Jesus Cristo, os merecimentos superabundantes da Santíssima Virgem e dos Santos, e o fruto de todas as boas obras que na mesma Igreja se fazem." (CSPX 215)

"Sim, a comunhão dos Santos estende-se também ao Céu e ao Purgatório, porque a caridade une as três igrejas - triunfante, padecente e militante -; e os Santos rogam a Deus por nós e pelas almas do Purgatório, e nós damos honra e glória aos Santos, e podemos aliviar as almas do Purgatório, aplicando, em sufrágio delas, Missas, esmolas, indulgências e outras boas obras." (CSPX 222)

"É coisa utilíssima invocar os Santos, e todo o Cristão o deve fazer. Devemos invocar particularmente nossos Anjos da Guarda, São José, protetor da Igreja, os Santos Apóstolos, o Santo do nosso nome e os Santos protetores da diocese e da paróquia." (CSPX 339)

Portanto, não deixemos de rezar nunca para que os nosso Santos de maior devoção nos ajudem em nossas graças mais necessárias.

Omnes sancti, orate pro nobis!

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