quarta-feira, 22 de agosto de 2012

SÉRIE DOGMAS MARIANOS - MARIA ASSUNTA AO CÉU


Encerrando a série sobre Maria, falaremos do último dogma proclamado pela Igreja sobre ela: Sua assunção aos céus.

NAS SAGRADAS ESCRITURAS

Segundo São Paulo em Rm 6, 23: "Porque o salário do pecado é a morte, enquanto o dom de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.". Sabendo que todo aquele que peca morre, como consequência do pecado original, por isso a morte entrou no mundo, devido a desobediência de Adão e Eva, e como foi visto também, em postagens anteriores, que Maria foi preservada de toda mancha do pecado (basta ver o dogma da Imaculada conceição, também em nosso blog), temos como conclusão, portanto que Maria não morreu corporalmente devido a sua preservação do pecado original.

NA SAGRADA TRADIÇÃO

Na tradição da Igreja, acreditava-se, tanto no oriente como no ocidente, que Maria havia passado por um processo chamado de dormição, a qual não teria morrido, mas apenas adormecido. São Modesto de Jerusalém afirma em seus escritos que Maria havia adormecido, assim também procede São Tiago de Sagur.

São Germano afirma que: "Assim como uma criança procura e deseja a presença de sua Mãe, e como uma Mãe ama viver em companhia de seu filho, assim também para ti, cujo amor materno pelo teu Filho e Deus não deixa dúvidas, era conveniente que tu voltasses para Ele. E, em todo o caso, não era por ventura conveniente que este Deus, que provava por ti um amor deveras filial, te tomasse em Sua companhia? " Posteriormente, diz também que: "era necessário que a Mãe da Vida compartilhasse a habitação da Vida"

São João Damasceno afirma também que: "Era necessário que aquela que vira o seu Filho sobre a cruz e recebera em pleno coração a espada da dor (...), contemplasse este Filho sentado à direita do Pai"

NO SAGRADO MAGISTÉRIO

Este dogma foi proclamado pelo Papa Pio XII, no dia 1 de novembro de 1950, na Constituição Munificentissimus Deus:
"Depois de elevar a Deus muitas e reiteradas preces e de invocar a luz do Espírito da Verdade, para glória de Deus onipotente, que outorgou à Virgem Maria sua peculiar benevolência; para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte; para aumentar a glória da mesma augusta Mãe e para gozo e alegria de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória do céu"

Nas catequeses de João Paulo II sobre a nossa ressurreição o beato afirmou: “É verdade que na Revelação a morte se apresenta como castigo do pecado. Todavia, o fato de a igreja proclamar Maria liberta do pecado original por singular privilégio divino não induz a concluir que Ela recebeu também a imortalidade corporal.”

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