Sabemos que Nossa Senhora foi visitada pelo Arcanjo Gabriel com esta mensagem de amor, com esta proposta de fazer dela a mãe do nosso Salvador. E ela aceitou. E aceitar Jesus é estar aberto a aceitar o outro. O anjo também comunicou a ela que sua parenta - Santa Isabel - já estava grávida. Aí encontramos o testemunho da Santíssima Virgem - no Evangelho de São Lucas no capitulo 1, - quando depois de andar cerca de 100 km ela encontrou-se com Isabel.
Nesta festa, também vamos descobrindo a raiz da nossa devoção a Maria. Ela cantou o Magnificat, glorificando a Deus. Em certa altura ela reconheceu sua pequenez, e a razão pela qual devemos ter essa devoção, que passa de século a século.
“Porque olhou para sua pobre serva, por isso, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações.” (Lucas 1,48)
A Palavra de Deus nos convida a proclamarmos bem-aventurada aquela que, por aceitar Jesus, também se abriu à necessidade do outro. É impossível dizer que se ama a Deus, se não se ama o outro. A visitação de Maria a sua prima nos convoca a essa caridade ativa. A essa fé que se opera pelo amor. Amor que o outro tanto precisa.
Quem será que precisa de nós?
Peçamos a Virgem Maria que interceda por nós junto a Jesus, para que sejamos cada vez mais sensíveis à dor do outro. Mas que a nossa sensibilidade não fique no sentimentalismo, mas se concretize através da caridade.
Virgem Maria, Mãe da visitação, rogai por nós!
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quinta-feira, 31 de maio de 2012
ÍCONE DE PENTECOSTES
Conheçamos o ícone do tempo litúrgico que a nossa igreja vivencia: O Ícone de Pentecostes
1 - Na parte superior do ícone estão pintadas duas casas, semelhantes a torres. Desde modo, quer se dar a entender que a cena se desenvolveu no piso superior, onde aconteceu a Ultima Ceia, que após a Ressurreição do Senhor se converteu em lugar de encontro dos discípulos e de reunião e de oração dos Apóstolo
2 - Os Apóstolos começaram a anunciar a Palavra a partir do momento em que receberam o Espírito Santo e, por estarem unidos, representavam a unidade espiritual dos Sínodos futuros. De forma análoga os ícones que representam os Concílios Ecumênicos reproduzem o mesmo esquema iconográfico.
4 - O Rei, então, no centro do semicírculo é o mundo, posto que ele detém o mandato celeste sobre a terra.
5 - O ancião está representado de forma a lembrar a figura do rei David, que representa os "muitos profetas e justos que desejaram ver o que vistes e não viram, e escutar o que escutastes, e não escutaram".
ÍCONE DA ANUNCIAÇÃO
Hoje iremos conhecer um dos ícones mais importantes da igreja do oriente: o ícone da anunciação do anjo a Maria.
Abaixo, encontraremos a explicação de cada parte dessa maravilha que é o ícone da anunciação, que é rico em significado e beleza.
3 - A cor vermelha do manto virginal simboliza o sangue, o princípio do vida, beleza, juventude e amor. É a cor do Espírito Santo, a cor do fogo. É símbolo do sacrifício e do altruísmo. É um vermelho amarronzado.
5 - O ouro simboliza a divindade, por isso traz um bracelete de ouro no braço.
6 - Sobre o manto, aparecem três estrelas: uma na frente e as outras, uma em cada ombro. Correspondem ao gesto trinitário da mão direita do anjo. Representam o sinal da santificação da Trindade, qual Mãe de Deus. Ela era virgem antes e depois do parto, a única sempre virgem no Espírito, na alma e no corpo.
7 - Maria está sentada sobre um trono e seus pés se apóiam em um pedestal, pois ela foi colocada acima da natureza angelical. Calça sapatos de cor púrpura, a mesma cor do manto do anjo e do véu que esta acima dos edifícios. Esta cor vermelha púrpura quer sublinhar seu caráter régio. Ela é a Mãe do Imperador e do Senhor do Universo.
10 - Seus dedos, freqüentemente, estão dispostos não como quem esta falando, mas como alguém que está abençoando; um gesto bizantino de benção, carregado de simbologia. Os três dedos abertos (indicador, médio e indicador) recordam a Trindade, e que Cristo é uma das três pessoas divinas. Os dois dedos recolhidos (polegar e anular) querem recordar que, em Cristo, subsiste duas naturezas (a humana e a divina) porém, nas representações da Anunciação, nem sempre estão visíveis, porque o mistério da Encarnação estava se dando.
12 - O Edifício que está atrás do Anjo faz referência aos templos pagãos, incluindo o de Jerusalém.
quarta-feira, 30 de maio de 2012
SÉRIE MARTÍRIO - SANTO ESTEVÃO
Continuando a série sobre os mártires, iremos falar hoje sobre o primeiro mártir e padroeiro dos diáconos: Santo Estevão
Estevão era um dos que governavam uma das comunidades próximas de Jerusalém . Era, como diz a Escritura, cheio de graças e fortaleza e fazia grandes prodígios e milagres entre o povo. Alguns da sinagoga se levantaram a disputar com Estevão, mas não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito que nele falava.
Então subornaram alguns homens, que agitaram o povo. Levaram-no ao conselho e apresentaram falsas testemunhas, que disseram: “Este homem não cessa de proferir palavras contra o lugar santo e contra a lei”. (Atos 6,8-13). Ele, porém, disse: “Irmãos e pais, escutai. O Altíssimo não habita em edifícios construídos por mãos de homens, como diz o profeta: “O Céu é o Meu trono e a terra o escabelo dos meus pés. Que casa me edificareis?” diz o Senhor, “ou qual é o lugar do meu repouso? Não fez porventura a minha mão todas estas coisas?” Homens de dura cerviz e de corações e ouvidos incircuncisos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como agiram vossos pais, assim o fazeis também! A qual dos profetas não perseguiram vossos pais? E mataram até os que anunciavam a vinda do Justo, do qual agora fostes traidores e homicidas, vós que recebestes a lei por ministério dos Anjos e não a guardastes”.
Ao ouvir, porém, tais palavras, enraiveceu-se-lhes o coração e rangiam os dentes contra Estevão. Mas como estava cheio de Espírito Santo, olhando para o céu, viu a glória de Deus e Jesus à destra de Deus. E disse: “Eis que estou vendo os céus abertos e o Filho do Homem à direita de Deus”. Então, levantando uma grande gritaria, taparam os ouvidos e, todos juntos, arremeteram com fúria contra o santo diácono e, tendo-o lançado para fora da cidade, apedrejaram-no; e as testemunhas depuseram os mantos aos pés de um moço, que se chamava Saulo. E apedrejaram Estevão, que invocava Jesus e dizia: “Senhor Jesus, recebi o meu espírito”.
E pondo-se de joelhos, clamou em alta voz, dizendo: “Senhor, não lhes imputeis este pecado”. E tendo dito isto, adormeceu no Senhor. E Saulo consentiu no homicídio de Estevão“. (Atos 7, 48-60) Estevão sofreu o martírio mais ou menos um ano depois da crucificação de Cristo. A piedosa Emmerich narra o seguinte: “Vi Estevão, sem se lembrar do apedrejamento, rezando apenas pelos carrascos e olhando para o céu aberto.
O martírio deu-se fora da porta, ao norte, ao lado de uma estrada. Era um lugar aberto, circular, em cujo centro se achava uma pedra, sobre a qual se ajoelhou o santo moço, rezando, com as mãos erguidas. Vestia uma longa veste branca, arregaçada, sobre a qual pendia, no peito e nas costas, uma espécie de escapulário, com duas fitas transversais; creio que era uma parte das vestes sacerdotais. Procederam no apedrejamento em certa ordem; em volta do lugar haviam juntado pedras, ao pé de cada um dos apedrejadores.
Vi também Saulo, homem extraordinariamente sério e zeloso, que arranjara tudo o que era necessário para a lapidação e os lapidantes depositaram os mantos aos seus pés. Estevão levantara as mãos, rezando e não se movia, sob as pedradas; era como se não as sentisse. Também não fazia movimentos espontâneos para se proteger; parecia extasiado, olhava para o alto e o céu estava aberto acima dele; via Jesus e com Ele, Maria, sua Mãe.
Finalmente uma pedra lhe bateu na cabeça, prostrando-o morto. Era um moço alto e belo, de cabelo castanho e liso. Saulo não causava uma impressão repugnante, pelo grande zelo com que preparava a lapidação, como acontecia com os outros, que eram cheios de inveja e hipocrisia; pois o fazia impelido por um falso zelo, mas que julgava justo, pela lei judaica; foi por isso também que Deus o iluminou”. Os ossos do santo mártir Estevão foram mais tarde milagrosamente encontrados, em conseqüência de uma Visão, junto com os corpos de Nicodemos, Gamaliel e seu filho Abidon.
“O corpo de Estevão, que jazia numa posição natural, foi levado a Jerusalém, a uma Igreja situada no monte em que estivera o Cenáculo. Esses ossos foram depois várias vezes distribuídos e levados a vários lugares e muitos milagres se deram com eles. Lembro-me que uma cega tocou o caixão das relíquias com flores, por meio das quais recobrou de novo a vista. Em outro lugar se converteram muitos judeus. Em certa região o demônio, assumindo a forma de um homem muito respeitável, pediu uma parte das relíquias de S. Estevão, mas quando o bispo pediu a luz de Deus, para saber se o suplicante o merecia, fugiu o demônio, rugindo e tomando um aspecto horrível.
De tais milagres vi muitos e também que parte das relíquias foram levadas para Roma e depositadas junto ao corpo de S. Lourenço. Deu-se então um fato milagroso: O corpo de S. Lourenço mudou de posição, cedendo lugar às relíquias de Santo Estevão”. Com a morte de Estevão a perseguição não terminou absolutamente, pois S. Lucas acrescenta à narração do apedrejamento de S. Estevão estas palavras: “Saulo, porém, assolava a Igreja, entrando pelas casas e tirando com violência homens e mulheres, fazia com que os metessem no cárcere.
Entretanto os que se tinham dispersado iam de um lugar para outro, anunciando a palavra de Deus”. (Atos 8, 3-4). Assim servia essa perseguição ao plano de Deus, não só para provar e purificar os eleitos, mas também para propagar a doutrina de Jesus em outras regiões e aumentar o número de fiéis.
Ó glorioso Santo Estêvão, primeiro mártir da Igreja, que ao defenderes a Divindade de Cristo perante aos doutores judeus que o haviam crucificado e por estares repleto do Espírito Santo, olhando para o céu, vistes a glória de Deus e Jesus de pé à sua direita, e dissestes: “Eu Vejo os céus abertos e o Filho de pé à direita de Deus”, indignando os judeus que te ouviam e que aos gritos precipitaram-se contra ti e te apedrejaram até a morte, enquanto fazias esta invocação: “Senhor Jesus, recebe meu espírito”, para em seguida, com muito amor, clamares em alta voz: “Senhor, não lhes leve em conta este pecado”.
Por teus merecimentos ó Santo Mártir, intercede por nós junto a Deus, para que nos conceda a constância na fé e no amor ao próximo, até nosso último instante de vida.
Santo Estêvão, rogai por nós!
Então subornaram alguns homens, que agitaram o povo. Levaram-no ao conselho e apresentaram falsas testemunhas, que disseram: “Este homem não cessa de proferir palavras contra o lugar santo e contra a lei”. (Atos 6,8-13). Ele, porém, disse: “Irmãos e pais, escutai. O Altíssimo não habita em edifícios construídos por mãos de homens, como diz o profeta: “O Céu é o Meu trono e a terra o escabelo dos meus pés. Que casa me edificareis?” diz o Senhor, “ou qual é o lugar do meu repouso? Não fez porventura a minha mão todas estas coisas?” Homens de dura cerviz e de corações e ouvidos incircuncisos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como agiram vossos pais, assim o fazeis também! A qual dos profetas não perseguiram vossos pais? E mataram até os que anunciavam a vinda do Justo, do qual agora fostes traidores e homicidas, vós que recebestes a lei por ministério dos Anjos e não a guardastes”.
Ao ouvir, porém, tais palavras, enraiveceu-se-lhes o coração e rangiam os dentes contra Estevão. Mas como estava cheio de Espírito Santo, olhando para o céu, viu a glória de Deus e Jesus à destra de Deus. E disse: “Eis que estou vendo os céus abertos e o Filho do Homem à direita de Deus”. Então, levantando uma grande gritaria, taparam os ouvidos e, todos juntos, arremeteram com fúria contra o santo diácono e, tendo-o lançado para fora da cidade, apedrejaram-no; e as testemunhas depuseram os mantos aos pés de um moço, que se chamava Saulo. E apedrejaram Estevão, que invocava Jesus e dizia: “Senhor Jesus, recebi o meu espírito”.
E pondo-se de joelhos, clamou em alta voz, dizendo: “Senhor, não lhes imputeis este pecado”. E tendo dito isto, adormeceu no Senhor. E Saulo consentiu no homicídio de Estevão“. (Atos 7, 48-60) Estevão sofreu o martírio mais ou menos um ano depois da crucificação de Cristo. A piedosa Emmerich narra o seguinte: “Vi Estevão, sem se lembrar do apedrejamento, rezando apenas pelos carrascos e olhando para o céu aberto.
O martírio deu-se fora da porta, ao norte, ao lado de uma estrada. Era um lugar aberto, circular, em cujo centro se achava uma pedra, sobre a qual se ajoelhou o santo moço, rezando, com as mãos erguidas. Vestia uma longa veste branca, arregaçada, sobre a qual pendia, no peito e nas costas, uma espécie de escapulário, com duas fitas transversais; creio que era uma parte das vestes sacerdotais. Procederam no apedrejamento em certa ordem; em volta do lugar haviam juntado pedras, ao pé de cada um dos apedrejadores.
Vi também Saulo, homem extraordinariamente sério e zeloso, que arranjara tudo o que era necessário para a lapidação e os lapidantes depositaram os mantos aos seus pés. Estevão levantara as mãos, rezando e não se movia, sob as pedradas; era como se não as sentisse. Também não fazia movimentos espontâneos para se proteger; parecia extasiado, olhava para o alto e o céu estava aberto acima dele; via Jesus e com Ele, Maria, sua Mãe.
Finalmente uma pedra lhe bateu na cabeça, prostrando-o morto. Era um moço alto e belo, de cabelo castanho e liso. Saulo não causava uma impressão repugnante, pelo grande zelo com que preparava a lapidação, como acontecia com os outros, que eram cheios de inveja e hipocrisia; pois o fazia impelido por um falso zelo, mas que julgava justo, pela lei judaica; foi por isso também que Deus o iluminou”. Os ossos do santo mártir Estevão foram mais tarde milagrosamente encontrados, em conseqüência de uma Visão, junto com os corpos de Nicodemos, Gamaliel e seu filho Abidon.
“O corpo de Estevão, que jazia numa posição natural, foi levado a Jerusalém, a uma Igreja situada no monte em que estivera o Cenáculo. Esses ossos foram depois várias vezes distribuídos e levados a vários lugares e muitos milagres se deram com eles. Lembro-me que uma cega tocou o caixão das relíquias com flores, por meio das quais recobrou de novo a vista. Em outro lugar se converteram muitos judeus. Em certa região o demônio, assumindo a forma de um homem muito respeitável, pediu uma parte das relíquias de S. Estevão, mas quando o bispo pediu a luz de Deus, para saber se o suplicante o merecia, fugiu o demônio, rugindo e tomando um aspecto horrível.
De tais milagres vi muitos e também que parte das relíquias foram levadas para Roma e depositadas junto ao corpo de S. Lourenço. Deu-se então um fato milagroso: O corpo de S. Lourenço mudou de posição, cedendo lugar às relíquias de Santo Estevão”. Com a morte de Estevão a perseguição não terminou absolutamente, pois S. Lucas acrescenta à narração do apedrejamento de S. Estevão estas palavras: “Saulo, porém, assolava a Igreja, entrando pelas casas e tirando com violência homens e mulheres, fazia com que os metessem no cárcere.
Entretanto os que se tinham dispersado iam de um lugar para outro, anunciando a palavra de Deus”. (Atos 8, 3-4). Assim servia essa perseguição ao plano de Deus, não só para provar e purificar os eleitos, mas também para propagar a doutrina de Jesus em outras regiões e aumentar o número de fiéis.
Rezemos pedindo a interseção de Santo Estevão:
Ó glorioso Santo Estêvão, primeiro mártir da Igreja, que ao defenderes a Divindade de Cristo perante aos doutores judeus que o haviam crucificado e por estares repleto do Espírito Santo, olhando para o céu, vistes a glória de Deus e Jesus de pé à sua direita, e dissestes: “Eu Vejo os céus abertos e o Filho de pé à direita de Deus”, indignando os judeus que te ouviam e que aos gritos precipitaram-se contra ti e te apedrejaram até a morte, enquanto fazias esta invocação: “Senhor Jesus, recebe meu espírito”, para em seguida, com muito amor, clamares em alta voz: “Senhor, não lhes leve em conta este pecado”.
Por teus merecimentos ó Santo Mártir, intercede por nós junto a Deus, para que nos conceda a constância na fé e no amor ao próximo, até nosso último instante de vida.
Santo Estêvão, rogai por nós!
terça-feira, 29 de maio de 2012
30 DE MAIO - SÃO FERNANDO
Foi um jovem mariano e eucarístico. Fernando descobriu sua vocação ao matrimônio e casou-se com Beatriz. Teve 13 filhos.
Assumiu o reinado e não descuidou de seu povo, tratando-os como filhos, em especial os pobres. Viveu um reinado justo marcado pela fé, caridade e esperança.
Com a saúde fragilizada aos 54 anos, pegou uma grave enfermidade, recebeu os Sacramentos e quis comungar Jesus Eucarístico de joelhos, num ato de adoração. Abraçou a cruz, aconselhou os filhos e partiu para a Glória.
São Fernando, rogai por nós!
segunda-feira, 28 de maio de 2012
29 DE MAIO - SÃO MAXIMINO
Nasceu
na França no século IV e muito cedo sentiu o chamado a vida sacerdotal.
Sucedeu
Agrício e teve que combater o Arianismo, que confundia muitos cristãos.
São
Maximino apoiou Santo Atanásio nessa luta, sofreu com ele, e se deparou até com
o Imperador.
Bispo
da Igreja, viveu seu magistério e serviço à Palavra sob ataques, mas não
conseguiram matá-lo. Viveu até o ano de 349 deixando este testemunho e
convocação: sermos cooperadores da verdade.
O
santo de hoje é um ícone do amor a Cristo, à Igreja e à Verdade.
São
Maximino, rogai por nós!
SÉRIE MARTÍRIO - SÃO PAULO
Continuando a série martírio, daremos continuidade com a segunda coluna da Igreja: São Paulo, aquele que é considerado o apóstolo dos gentios, que foi morto decapitado em Roma.
Paulo ao ser preso em Jerusalém e levado para Roma, no qual foi acusado com muito ódio para com os seus concidadãos romanos, afinal ele era cidadão romano. Mas mesmo arrastando pesadas correntes, nunca deixou de proclamar e anunciar o Cristo, ao mesmo tempo que unia suas dores as dores Dele na Cruz. Prisioneiro do Espírito(cf. At 20, 22), Paulo recebera, à noite, esta revelação: "Coragem! Deste testemunho de Mim em Jerusalém, assim importa que o dês em Roma"
Obediente à inspiração recebida, Paulo exclamará no tribunal do governador Festo: "Estou perante o tribunal de César. É lá que devo ser julgado. [...] Apelo para César!" (At 25, 10-11). Querendo desfazer-se de caso tão complicado, que envolvia assuntos da religião judaica, Festo apressou- se em satisfazer o desejo do preso, mandando-o para Roma, algemado e sob a guarda do centurião Júlio.
O primeiro período de pregação em Roma
Durante a viagem, Paulo não perdia a oportunidade de anunciar
o Evangelho em todos os lugares por onde passava. Após várias dificuldades ao
longo da travessia e enfrentar um naufrágio, fez escala em Siracusa, na
Sicília, e dali foi conduzido a Reggio (cf. At 28, 12-13).
Uma vez chegado à capital do Império e instalado em prisão
domiciliar, Paulo realizava um anseio que havia tempos acalentava no coração,
como ele mesmo o expressara aos cristãos de Roma: "Daí o ardente desejo
que eu sinto de vos anunciar o Evangelho também a vós, que habitais em
Roma" (Rm 1, 15). Dois anos haveria de durar seu doloroso cativeiro, mas
ele, como afirma São João Crisóstomo, "considerava como brinquedo de
criança os mil suplícios, os tormentos e a própria morte, desde que pudesse
sofrer alguma coisa por Cristo". Aproveitou o tempo para pregar o Reino de
Deus (cf. At 28, 31), escrever numerosas cartas às comunidades da Grécia e da
Ásia, as chamadas Epístolas do cativeiro.
Novas viagens e retorno à capital do Império
Libertado por um decreto jurídico, Paulo ainda visitaria
Creta, Espanha e novamente as conhecidas igrejas da Ásia Menor, pelas quais
tanto se dedicara. Afinal voltaria a Roma onde se sentia atraído, talvez
por um secreto pressentimento da proximidade da "coroa da justiça"
(II Tm 4, 8) que ali o aguardava.
Sobre o trono dos césares, sentava-se então o terrível Nero,
cuja crueldade, aliada a um orgulho patológico, já fizera sua fama. Era
conhecido o ódio que votava aos cristãos, e Paulo não passou despercebido à
perspicácia dos espiões do tirano.
Acusado como chefe da seita, foi preso pela polícia imperial
e lançado no Cárcere Mamertino, onde, segundo uma antiga tradição, já se
encontrava Pedro. Nesse escuro subterrâneo, de estreitas dimensões e teto
baixo, o Pontífice da Igreja de Cristo e o Apóstolo das Gentes estiveram
acorrentados a uma mesma coluna. Assim, unidos numa mesma Fé e esperança,
estavam ambos amarrados pelas cadeias do amor ao Rochedo, que é Cristo (cf. I
Cor 10, 4).
O martírio de São Paulo
Chegou por fim o dia em que Paulo deveria "ser
imolado" (II Tm 4, 6). Para ele a morte pouco significava, pois já se
achava morto para o pecado e vivo para Deus (cf. Rm 6, 11). Uma entranhada e
exclusiva união o ligavam a seu Senhor. Não era ele mesmo que vivia, mas sim
Cristo quem nele habitava (cf. Gl 2, 20) e operava.
Condenado à morte, Paulo, por ser cidadão romano, não podia,
como Pedro, sofrer a pena ignominiosa da crucifixão, mas sim a da decapitação,
e esta devia dar-se fora dos muros da cidade. Conduzido por um grupo de
soldados, o Apóstolo arrastou seus pesados grilhões ao longo da Via Ostiense e,
depois, pela Via Laurentina, até alcançar um distante vale, conhecido pelo nome
de Aquæ Salviæ.
Ali, entre a vegetação daquela região pantanosa, o sublime
imitador de Jesus Cristo selava seu testemunho com o próprio sangue. Sua
cabeça, ao cair no solo sob o golpe fatal da espada, saltou três vezes, fazendo
brotar em cada um dos pontos uma fonte de água borbulhante. Este fato, se não
comprovado pela História, baseia- se numa piedosa tradição confirmada pelo nome
de Tre Fontane, que ostenta o mosteiro trapista construído naquele local.
"Combati o bom combate"
Paulo morrera, mas sua monumental obra apostólica,
fundamentada na caridade que consumira sua vida, continuava viva e produziria
ao longo dos tempos abundantes frutos para a Igreja. Até o último alento, sua
vida não fora senão uma grande luta. Luta de entusiasmo e de entrega, de
desprendimento e de heroísmo; luta para levar o Evangelho a todas as gentes,
confiando sempre na benevolência de Cristo.
Os piores vagalhões da vida não puderam atingir o seu
tabernáculo interior. Sua firmeza, semelhante à imobilidade de um rochedo
batido pelas ondas do mar, mantinha-se inalterável em meio às maiores angústias
e agonias, certo de que nem a vida nem a morte o poderiam separar do amor de
Cristo (cf. Rm 8, 38-39).
E uma
vez concluído o combate, percorrida toda a sua carreira e chegado ao termo de
sua peregrinação terrena (cf. II Tm 4, 7), o Apóstolo apareceu ante o olhar
admirado da humanidade, em toda a sua estatura de gigante da Fé, transmitindo
para os séculos futuros esta mensagem: "Por ora subsistem a fé, a
esperança e a caridade - as três. Porém, a maior delas é a caridade. A caridade
jamais acabará!" (I Cor 13, 13.8).
Estando preso em Roma, o incansável Apóstolo não deixou de
pregar, e obteve a conversão de incontáveis almas. Posto em liberdade no início
do ano 64, dirigiu-se à Espanha e à Ásia. Retornando a Roma, foi preso
novamente, desta vez com São Pedro.
Ficaram eles na prisão mais antiga de Roma, o Cárcere
Mamertino, local impregnado de bênçãos, que comove a quantos por lá passam. Com
efeito, como não se impressionar ao contemplar, logo nos primeiros degraus da
estreita escada que leva ao calabouço, a marca do rosto do Príncipe dos
Apóstolos, milagrosamente impressa na parede de pedra? E que emoção ao ver no
canto da cela a fonte que brotou do solo, possibilitando aos Apóstolos
batizarem os próprios carcereiros, convertidos pelo seu exemplo e pregação!
No final de sua heróica vida, pôde o Apóstolo das Gentes
cantar este hino de triunfo do varão que sente a consciência limpa na hora do
encontro com o Supremo Juiz: "Combati o bom combate, terminei a minha
carreira, guardei a fé. Resta-me agora receber a coroa da justiça, que o
Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos
aqueles que aguardam com amor a sua aparição" .
Grandiosa foi sua vida, tal será também sua morte. Sendo
cidadão romano, São Paulo não podia ser crucificado. Foi, assim, decapitado
pela espada, no ano 67. Conta-nos a tradição que sua cabeça, rolando ao solo,
saltou três vezes e fez brotar três fontes que podem ser vistas ainda hoje na
Igreja de San Paolo alle Tre Fontane, na via d'Ostia, em Roma.
Assista a esse vídeo e se encante cada vez mais com a vida deste grande pilar da nossa Igreja.
28 DE MAIO - SÃO GERMANO
Seu nome quer dizer 'irmão'. Nasceu em 378 na França.
Foi muito cedo para os estudos e acabou estudando Direito em Roma. Mas, seu grande desejo, era o de viver o Santo Evangelho. E foi pautando a sua vida na Palavra do Senhor.
Homem de oração e escuta, era dócil e pronto para renunciar a si mesmo e optar pelo querer de Deus.
Germano foi visitado pela Divina Providência. Foi eleito governador da alta Itália mas, de repente, com a morte do Bispo em sua terra natal, o povo e o clero o escolheram Bispo.
São Germano renunciou à sua vontade e quis a vontade de Deus para sua vida.
Promoveu a vida monástica e a evangelização na França. Foi um apóstolo de Jesus Cristo. cheio do Espírito Santo. Com o exemplo deste santo, aprendemos que precisamos viver como verdadeiros irmãos.
São Germano, rogai por nós!
domingo, 27 de maio de 2012
27 DE MAIO - SANTO AGOSTINHO DE CANTUÁRIA
Monge beneditino, viveu em um mosteiro de Roma fundado por São Gregório Magno. Santo Agostinho na Grã- Bretanha exerceu santamente sua missão de levar muitos à santidade e assim santificar-se.
O Papa São Gregório enviou missionários para anunciar a Boa Nova nas Ilhas Britânicas, 40 monges estavam sob o comando de Agostinho, que corajosamente avançou em direção aos anglo-saxões que possuíam fama de cruéis. Agostinho ao chegar, expôs ao rei sua pregação e pediu-lhe autorização para pregar com seus irmãos.
O trabalho de evangelização foi tão fecundo que, em menos de um ano, mais de dez mil pessoas se converteram, inclusive o rei Etelberto.
Ajudado sempre pelo Papa, Santo Agostinho, na obediência acolheu as direções do Espírito e foi ordenado Bispo. Com o surgimento de novas necessidades pastorais, tornou-se Arcebispo. Com a ajuda de muitos outros missionários, alcançou a graça da conversão, praticamente para todos da ilha. Entrou na Igreja Triunfante, com outros, em 605.
Santo Agostinho de Cantuária, rogai por nós!
sábado, 26 de maio de 2012
26 DE MAIO - SÃO FELIPE NERI
O "santo da alegria" nasceu em Florença, Itália, no ano de 1515.
Depois de ficar órfão, recebeu um convite de seu tio para que se dedicasse aos negócios. Mas, tendo vida de oração e discernimento, ele percebeu que Deus o chamava a um outro negócio: expressar com a vida a caridade de Cristo.
Néri foi estudar em Roma. Estudou Filosofia e Teologia, deixando-se conduzir e formar pelo Espírito Santo e, mesmo antes de ser padre, visitava os lugares mais pobres de Roma. Formou uma associação para cuidar dos doentes pobres.
São Filipe disse sim para a glória de Deus e iniciou a bela obra do Oratório do Divino Amor, dedicando-se aos jovens e testemunhando sua alegria. Vivia da Divina Providência, indo aos lares dos ricos pedir pelos pobres.
Homem de oração, penitência e adoração, São Filipe Néri partiu para o céu com 80 anos, deixando para nós esse testemunho: renunciar a si mesmo, tomar a cruz a cada dia e seguir Jesus é uma alegria.
São Filipe Néri, rogai por nós!
sexta-feira, 25 de maio de 2012
25 DE MAIO - SANTA MARIA MADALENA DE PAZZI
Ela muito cedo se viu chamada à vida religiosa e queria consagrar-se totalmente. Abandonou tudo: os bens e os projetos.
Entrou para a Ordem Carmelita e ali viveu por 25 anos. Uma aventura espiritual mística que resultou em uma grande obra com suas experiências carismáticas.
Todos os santos foram carismáticos. E a nossa Igreja é carismática, pois ela é marcada pelas manifestações do Espírito Santo. Precisamos aprender com os santos a sermos dóceis ao Espírito Santo.
Ela sofreu muito. Amou a cruz de cada dia.
Santa Maria sofreu com várias enfermidades até que entrou no Céu, com 41 anos. Seu lema foi: "Padecer, Senhor, e não morrer!"
Santa Maria Madalena de Pazzi, rogai por nós!
quinta-feira, 24 de maio de 2012
SÉRIE MARTÍRIO - SÃO PEDRO
Continuando a nossa série de textos patrísticos sobre os mártires, hoje falaremos do martírio do nosso primeiro Papa - São Pedro
AS EPÍSTOLAS
De Roma ele escreveu duas
cartas: a primeira endereçada aos fieis da Ásia Menor, principalmente aqueles
do Ponto, da Galáxia, da Capadócia
e da Bitínia. Presume-se que ele escreveu esta epístola um pouco antes do ano
64 e contou com a colaboração de Silvano e Marcos, que também ajudaram São
Paulo. Na parte final da carta, escreveu:
“Por Silvano, irmão fiel, como entendo, vos escrevi em poucas palavras, exortando-vos e testificando que esta é a verdadeira graça de DEUS, na qual deveis permanecer firmes. A (Igreja) que está em Babilônia (Roma), eleita como vós, vos saúda, como também Marcos (o Evangelista), o meu filho. Saudai-vos uns aos outros com o ósculo da caridade. A paz esteja com todos vós os que estais em CRISTO JESUS! Amém.” (1 Pd 5,12-14)
Pouco tempo antes de escrever a Segunda Epístola, provavelmente no início do ano 67, endereçada a todas as Comunidades Cristãs, em êxtase recebeu um aviso do SENHOR, que sua missão estava chegando ao fim, por isso escreveu:
“Entendo que é justo despertar-vos com minhas admoestações, enquanto estou nesta tenda terrena, sabendo que em breve vou me despojar dela, como, aliás, nosso SENHOR JESUS CRISTO me revelou.” (2 Pd 1,13-14)
PRISÃO E MORTE
Segundo a Tradição Cristã, Pedro foi preso nos primeiros meses de 67, como cúmplice do incêndio da cidade de Roma. Foi condenado à morte de cruz, conforme sentença da primeira sessão do Tribunal Romano, sob a ordem do Imperador Nero. A execução foi consumada pelos lictores e soldados da guarda pretoriana, na colina do Vaticano, no mesmo dia em que Paulo foi decapitado. (Conforme carta de Clemente, bispo de Roma em 95 – Arquivo do Vaticano). No momento da execução, Pedro pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, porque não se sentia digno de morrer na cruz, como CRISTO morreu. Os carrascos atenderam a sua última vontade.
A maneira como ocorreu e o local onde Pedro morreu, deveria ser conhecida em muitos círculos Cristãos no fim do primeiro século, da mesma maneira que está bem clara a citação no Evangelho de São João relativa à profecia de CRISTO sobre Pedro, afirmando que ele seria conduzido onde ele não queria ir. Isto para significar qual o tipo de morte que teria para glorificar a DEUS. JESUS disse a Pedro: “Em verdade, em verdade, te digo: quando eras jovem tu te cingias e andava por onde querias; quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te conduzirá aonde não queres.” (João 21,18-19). Tal citação concede aos leitores um conhecimento seguro sobre o modo de como Pedro foi morto.
Outro testemunho relativo ao martírio de Pedro e Paulo, é fornecido por Clemente de Roma em sua Epístola aos Coríntios (escrita cerca de 95-97 AD), em que ele diz: "Por zelo e astúcia o maior e a maioria dos Discípulos íntegros (da Igreja) sofreram perseguição e foram levados à morte. Coloquemos diante de nossos olhos o bom Apóstolo São Pedro, o qual foi submetido a um tratamento injusto e cruel, sofrendo numerosas misérias, e assim, tendo dado testemunho do SENHOR, foi martirizado, e entrou no lugar merecido da glória". A seguir, ele menciona Paulo e vários outros eleitos que juntos ou isoladamente, sofreram o martírio “entre nós” (hemin de en, i.e., entre os romanos, IV). Clemente de Roma está se referindo a perseguição que Nero covardemente fez aos cristãos, e aqui, ele coloca em realce o martírio que Pedro e Paulo sofreram naquela época.
Nero foi Imperador Romano entre 54 e 68. Em Julho de 64 começou a terrível perseguição que empreendeu contra os cristãos, e no começo de 68 fugiu de Roma e se suicidou. Assim sendo, a morte de Pedro aconteceu no mencionado período, de Julho/64 a princípio/68. O ano 67 é aquele de maior preferência entre os biógrafos e da Tradição Cristã. Contudo, o dia do martírio também é desconhecido; 29 de junho, foi o dia escolhido para a sua Festa desde o quarto século, todavia, não existe uma prova concreta de que foi exatamente no dia 29 que ele morreu.
Ainda relativo à maneira da morte de Pedro, possuímos uma tradição, atestada por Tertuliano ao término do segundo século e por Orígenes (conforme História Eclesiástica, II, Eusebius Pamphilus, Bispo de Caesarea – 265/339) afirmando que ele foi crucificado. Orígenes disse: "Pedro foi crucificado em Roma com a cabeça para baixo, como ele tinha desejado morrer".
TÚMULO DE PEDRO
Ao pé da Colina do Vaticano, nas proximidades da Via Cornélia, o Príncipe dos Apóstolos encontrou o seu lugar de sepultamento. Deste sepulcro, Caius já falava no terceiro século. Durante um tempo os restos de Pedro e Paulo foram postos em uma abóbada na Via Ápia no lugar “ad Catacumbas” onde a Igreja de São Sebastião está localizada. (A sua ereção no século IV foi dedicada aos dois Apóstolos). Os restos provavelmente tinham sido levados para lá no começo da perseguição de Valeriano em 258, para protegê-los contra a ameaça de dessacralização empreendida pelo Imperador Romano, quando o Cemitério dos Cristãos foi confiscado. Depois os restos mortais retornaram ao local anterior, e o Imperador Constantino, o Grande, fez uma Basílica magnífica erguida em cima do sepulcro de Pedro ao pé da Colina do Vaticano. Esta Basílica foi substituída no décimo sexto século pela atual Basílica de São Pedro. Abaixo da estrutura do altar, em cima da abóbada que abriga o sarcófago com os restos do Apóstolo, foi feita uma cavidade. Ela estava fechada na frente por uma pequena porta ao lado do altar. Abrindo a porta o peregrino poderia desfrutar do grande privilégio de se ajoelhar diretamente em cima do sarcófago de Simão Pedro. A Chave desta porta só era concedida com especial autorização. (cf. Excursões de Gregory, "De gloria martyrum", I, 28).
A memória de São Pedro também está associada a Catacumba de Santa Priscilla na Via Salaria. De acordo com a Tradição Cristã, São Pedro ali instruiu os cristãos e administrou o batismo a muitas pessoas. Esta tradição parece estar baseada em testemunhos mais antigos. A catacumba está situada debaixo do jardim de uma vila da família de um antigo Senador Cristão, a mansão era denominada de Acilii Glabriones, e a sua construção foi antes do fim do primeiro século. Acilius Glabrio, foi cônsul romano em 91. Quando descobriram que ele era cristão, foi condenado a morte pelo Imperador Domiciano. É bem possível que a fé da família tenha se originado no tempo Apostólico, e que segundo a Tradição, o Príncipe dos Apóstolos recebeu uma hospitaleira recepção na casa do cônsul, durante a sua estada em Roma.
Em recentes escavações iniciadas em 1940, realizadas embaixo da Basílica de São Pedro, no Vaticano, os arqueólogos observaram que todos os túmulos convergiam para um túmulo especial. Ao redor dele tinha sido construído um muro de terracota, pintado em vermelho e que pelas inscrições, era particularmente venerado. No muro continha desenhos de grafitos, que peritos leram as letras: “PE – TR”, iniciais do nome grego Petros (Pedro), e “EN” que queria dizer “ENI”, ou seja “está aqui”. Então significa: “Pedro jaz aqui”. Assim, as escavações arqueológicas permitiram identificar o lugar exato da sepultura de Pedro, situada sob o atual altar da Confissão. Os restos mortais foram transladados para a Basílica de São Pedro, onde se encontram num túmulo especial.
Rezemos pedindo a intercessão do primeiro Papa da nossa Igreja:
São Pedro Apóstolo, vós que nos ensinastes a reconhecer a Divindade de JESUS quando proclamastes: ‘‘TU és o Messias, o FILHO de DEUS Vivo’’. Dai-nos um verdadeiro espírito de Fé e uma aceitação total da Revelação. Ensinai-nos a amar e a viver numa grande caridade. Protegei nossas famílias, santificai nossas almas, dai-nos aquela graça que precisamos em cada momento de nossa vida. Amém.
24 DE MAIO - SÃO VICENTE LÉRINS
Vicente ao encontrar-se com Deus e se converter, foi se tornando cada vez mais obediente à Palavra do Senhor. Amou a Palavra de Deus.
Entrou para a vida monástica, tornando-se um exemplo de monge. Aprofundou-se nos mistérios de Deus, tornando-se um grande pensador, teólogo e místico.
Combateu muitas heresias no século V.
Eleito Abade, o Mosteiro de Lérins tornou-se um lugar de forte formação para santos e bispos da Igreja.
São Vicente foi um homem doutorado na graça, defensor da verdade e que se consumiu pelo Evangelho.
São Vicente de Lérins, rogai por nós!
quarta-feira, 23 de maio de 2012
SÉRIE MARTÍRIO - SÃO POLICARPO DE ESMIRNA
Continuando a série de martírios, veremos hoje um contemporâneo de Santo Inácio: São Policarpo de Esmirna.
O martírio de São Policarpo é uma das mais antigas “paixões epistolares”. Discípulo do apóstolo João, Policarpo foi feito bispo de Esmirna, uma das mais importantes comunidades cristãs. Em Esmirna (Turquia), no ano 155, a intolerância manifestou-se com o martírio do bispo Policarpo, provocado pela multidão enfurecida. O magistrado Herodes procedeu à prisão do bispo que, entretanto tinha deixado a cidade. Mandou-o levar ao estádio onde procurou convence-lo a renegar a fé:
- Pensa na tua idade e jura pelo gênio de César, convence-te uma vez por todas a gritar a morte dos ateus.- Sim, morram os ateus!- Jura e coloco-te em liberdade; amaldiçoa o Cristo.- Fazem 86 anos que o sirvo, e ele nada fez de errado para comigo; como posso blasfemar contra o meu Rei e Salvador?- Tenho prontas as feras; se não mudas de idéia lanço-te a elas.- Chama-as! Nós cristãos não admitimos que se mude, passando do bem ao mal, mas acreditamos que é preciso converter-nos do pecado à justiça.- Se não te importam as feras e se continuas a ter a mesma idéia fixa farei com que sejas consumido pelo fogo.- Ameaças-me com um fogo que queima por pouco e depois se apaga; vê-se que não conheces aquele do juízo futuro, da pena eterna reservada aos ímpios. Porque queres ser condescendente? Faz o que quiseres.Dizia isso com coragem e serenidade, irradiando tal graça do seu rosto, que nem parecia que fosse ele o processado, mas sim o Procônsul. Quando a fogueira foi preparada, amarraram-no com as mãos às costas, como um carneiro de um grande rebanho escolhido para o sacrifício, holocausto aceito por Deus. Elevando os olhos, ele rezou:- Eu te bendigo, Senhor Deus onipotente, porque me fizeste digno deste dia e desta hora, de ser enumerado entre os mártires, de compartilhar o cálice do teu Cristo, para ressuscitar à vida eterna da alma e do corpo na incorruptibilidade do Espírito Santo.
Concluída a oração, a fogueira foi acesa; as chamas, porém, dobrando-se em forma de abóbada, como se fosse uma vela inchada pelo vento, circundou o corpo do mártir como um muro. Estava no meio não como corpo que queima, mas como pão que se doura assando ou como ouro e prata que são refinados no cadinho; sentiu-se um perfume como de incenso ou outro aroma precioso.
Por fim, vendo que o fogo não podia consumir o seu corpo, os ímpios ordenaram ao carrasco que fosse dar o golpe de misericórdia com o punhal. Feito isso, jorrou tanto sangue que apagou o fogo. Toda a multidão admirou-se de ver tão grande diferença entre os incrédulos e os eleitos.Entre estes, o admirável mártir Policarpo, que foi, em nosso dias, mestre apostólico e profético, o bispo da Igreja católica de Esmirna. Toda palavra que saiu de sua boca se cumpriu e se cumprirá.
SÉRIE MARTÍRIO - SANTO INÁCIO DE ANTIOQUIA
Estaremos iniciando com esta matéria uma série de narrações dos martírio dos primeiros santos da igreja, onde iremos começar pelo mais conhecido: Santo Inácio de Antioquia.
É provável que o santo tenha embarcado em Selêucia, o porto mais próximo de Antioquia. Em Esmirna, onde São Policarpo era bispo, cristãos de várias comunidades da Ásia Menor foram saudá-lo. Entre eles estavam cristãos de Éfeso, Magnésia e Trales, que o foram confortar. Para cada uma dessas comunidades ele escreveu, confirmando-as na fé, exortando-as à obediência aos respectivos bispos e a evitarem qualquer contaminação com a heresia. Essas cartas revelam sua extrema caridade cristã, seu zelo apostólico e suas preocupações pastorais.
Em sua carta aos Romanos, escrita durante uma parada em Esmirna, o ínclito herói de Jesus Cristo diz: "Da Síria mesmo até Roma, vou lutando contra feras, por terra e por mar, de dia e de noite, encadeado entre dez leopardos, quer dizer, um bando de soldados que me custodiam, e que, mesmo quando recebem benefícios, mostram-se ainda piores. Entretanto, sou instruído por suas injúrias [para agir como um discípulo de Cristo]; 'contudo não sou por isso justificado' (1 Cr 4, 4). Possa eu gozar com as feras que estão preparadas para mim. E rezo para que elas possam estar pressurosas em atirar-se contra mim, pois eu também procurarei atraí-las para que me devorem depressa, e para que não ajam comigo como com alguns a quem, por medo, não tocam". Suplicou-lhes também que nada fizessem para evitar seu martírio.
Em outra interrupção da viagem, em Troas, escreveu aos cristãos de Filadélfia e Esmirna e a São Policarpo.
"Eu sou o trigo de Deus, deixe-me ser moído"
Tendo chegado a Roma, dizem os autores do relato: "Encontramos os irmãos [na Cidade Eterna] cheios de temor e de alegria, regozijando-se de fato, porque foram julgados dignos de se encontrar com Teóforos [nome que Santo Inácio atribuía a si mesmo em suas cartas], mas também com temor, porque homem tão eminente estava sendo levado para a morte". O santo confortou esses destemidos cristãos, exortando-os a permanecer fiéis à sua fé e ao amor fraterno. Ajoelhando-se com eles, suplicou ao Filho de Deus que protegesse suas igrejas e terminasse a cruenta perseguição. Mas foi interrompido por seus carcereiros e levado imediatamente para o anfiteatro, para ser devorado pelas feras.
Quando os animais se precipitaram sobre o herói de Cristo, seu pensamento deve ter-se firmado no que ele escreveu em sua carta aos Romanos: "Eu sou o trigo de Deus, deixe-me ser triturado pelos dentes das feras selvagens, para que possa tornar-me um puro pão de Cristo. [...] Que venham sobre mim o fogo e a cruz; a multidão de feras selvagens; o rompimento, a quebra e o deslocamento de meus ossos; que venham sobre mim o decepamento de meus membros, a fragmentação de todo meu corpo, e todos os espantosos tormentos do demônio, contanto que eu chegue a Jesus Cristo".
Os autores do relato o concluem do seguinte modo: "Tendo sido testemunhas oculares dessas coisas, e tendo passado a noite inteira em casa derramando lágrimas, e tendo conjurado o Senhor, com os joelhos dobrados e muitas preces, para que Ele nos desse, a nós homens fracos, uma garantia a respeito desses fatos, ocorreu que, tendo caído numa breve sonolência, alguns de nós viram o bem-aventurado Inácio de repente, de pé junto a nós e abraçando-nos; enquanto que outros o contemplaram rezando por nós, e outros ainda o viram junto do Senhor, transudando suor, como se tivesse vindo naquele momento de um grande trabalho. Quando, desse modo, testemunhamos com grande alegria essas coisas, comparando nossas várias visões, cantamos louvores a Deus, o doador de todas as coisas".
23 DE MAIO - SÃO JULIANO
Era casado e possuía uma hospedaria. Nela, ele partilhava a vida eterna que trazia em seu coração. Esposo fiel que amou a família e os necessitados.
No ano de 305, o imperador Diocleciano começou uma perseguição aos cristãos. Juliano, então, passou a acolher em sua hospedaria os cristãos perseguidos.
Alguns homens denunciaram Juliano. Ele foi arrancado de casa e levado ao tribunal.
Por não renunciar à fé em Cristo, foi condenado e decapitado.
Hoje, ele vive com Cristo na Glória.
Continuamos em tempos de perseguição. Velada em alguns lugares e, em outros, bem visível.
Que o santo de hoje possa interceder para que, o Espirito Santo, nos ajude a sermos ousados em nosso testemunho, sem medo da morte e das perseguições, certos de que a nossa recompensa se encontra no céu.
São Juliano, rogai por nós!
terça-feira, 22 de maio de 2012
22 DE MAIO - SANTA RITA DE CÁSSIA
Nasceu na Itália, em Cássia, no ano de 1380. Seu grande desejo era consagrar-se numa vida religiosa. Mas, segundo os costumes de seu tempo, ela foi entregue em matrimônio para Paulo Ferdinando.
Tiveram dois filhos, e ela como mãe buscou educá-los na fé e no amor. Porém, eles foram influenciados pelo pai, que antes de se casar se apresentava com uma boa índole, mas depois se mostrou fanfarrão, traidor, entregue aos vícios. E seus filhos o acompanharam.
Rita então, chorava, orava, intercedia e sempre dava bom exemplo.
Seu esposo acabou sendo assassinado. Não demorou muito, seus filhos também morreram.
Seu refúgio era Jesus Cristo. A santa de hoje viveu os impossíveis de sua vida se refugiando no Senhor.
Rita quis ser religiosa. Já era uma esposa santa, tornou-se uma viúva santa e depois uma religiosa.
Ela recebeu um estigma na testa, que a fez sofrer muito, devido a humilhação que sentia, pois cheirava mal e incomodava aos outros. E teve que viver resguardada.
Morreu com 76 anos, após uma dura enfermidade que a fez sofrer por 4 anos.
Hoje ela intercede pelos impossíveis de nossa vida.
Santa Rita de Cássia, rogai por nós!
segunda-feira, 21 de maio de 2012
EXISTE REENCARNAÇÃO?
Muitas falsas doutrinas chegam a afirmar que o nosso espírito
é imperfeito e que, por não ser perfeito, existe um karma que o impede de
chegar ao nirvana, que é o lugar das almas perfeitas, e que para acabar com
esse karma, é necessário que o nosso espírito ou alma evolua através de
processos reencarnatórios até que se chegue a esse grau de perfeição pleno.
Vejamos e analisemos o que afirma a santa doutrina da Igreja
com relação a isso:
Na Sagrada
escritura:
Na carta aos Hebreus no capítulo 9 e verso 27, o hagiógrafo,
diga-se de passagem, não é São Paulo, afirma que: ”E como é um fato que os
homens devem morrer uma só vez, depois do que vem um julgamento”, o que quer
dizer que existe apenas uma só morte, levando a crer que como só morre uma vez,
só nasce uma vez, portanto, não existe reencarnação.
Mas vejamos o que dizem os santos padres com relação a
reencarnação:
Na Sagrada
Tradição:
São Gregório de Nissa afirma que a Reencarnação é uma fábula
injuriosa a dignidade humana.
Santo Agostinho no seu livro a Cidade de Deus afirma que: “Quanto
mais nobre é crer que as almas voltam uma só vez aos seus próprios corpos (no
momento da ressurreição final) do que admitir que elas tomem tantas vezes novos
corpos!”
Isso quer dizer aquilo que Santo Irineu afirma em seu livro
Adversus Haeresis, que a fé da ressurreição é incompatível com a fé da
reencarnação.
Por último, vejamos o que afirma a Santa Igreja como Mãe e
Mestra:
No Sagrado
Magistério:
O Concílio de Constantinopla exprime-se assim: “Se alguém
diz ou pensa que as almas dos homens pré-existem ou no sentido em que elas eram
antes espíritos e santas potestades que, afastadas da contemplação de Deus,
dirigir-se-iam a um estado inferior; e que por tal motivo, a caridade de Deus
se arreceferia nelas – o que as faz chamar em grego de “almas” - e que teriam sido conduzidas a corpos para a
sua expiação, que seja anátema(ou seja a maior e o pior tipo de excomunhão) ”
Resumindo...
É fácil ver que em momento algum a igreja foi ou é a favor
de algum tipo de reencarnação, de forma que nenhum texto bíblico leva a crer-se
nisso, o que se torna mais fácil ser um erro de interpretação de quem lê. Dessa
forma, quem é católico, não pode crer em reencarnação, e mais, deve lutar
contra isso e pregar a verdadeira fé, que é a da ressurreição:
Rezemos
pelos Hereges:
Ó Virgem poderosa, única que destes o
golpe mortal a todas as heresias em todo o mundo, dignai-Vos de libertar o
universo Cristão dos laços do demônio. Volvei os vossos olhos
misericordiosos às almas seduzidas pela astúcia de Satanás, para que,
rejeitando o veneno das heresias, os corações transviados se arrependam e
voltem a unidade da verdade católica, mediante a vossa poderosa intercessão
junto a Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que vive e reina com Deus Pai
em união do Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. Amém
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