terça-feira, 22 de abril de 2014

FORA DA IGREJA NÃO HÁ SALVAÇÃO


Muitas pessoas da atualidade, até mesmo católicos, tem desconsiderado essa doutrina ensinada desde os primeiros séculos, chegando até a ignorar o fato da mesma ser um dogma de fé, achando que isso seria coisa do passado ou coisa de bitolado. Mostraremos através dessa postagem que é dever do católico professar essa verdade de fé, pois duvidar da mesma torna a referida pessoa passível de excomunhão.

NA SAGRADA ESCRITURA

Temos em Atos dos Apóstolos que: "e não há salvação em nenhum outro. Porque sob o céu, nenhum outro nome (Cristo) foi dado aos homens, pelo qual nós devamos ser salvos" At 4,12

E temos também na Carta de São Paulo aos Colossenses que: “Ele é antes de todas as coisas, e nele subsistem todas as coisas; também ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio, o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência” Col 1, 17 - 18

Portanto, a única conclusão que podemos tirar de tudo isso é que só se tem salvação por meio de Cristo, Cristo esse cujo corpo é a sua Igreja Una e Santa. Dessa forma, o único meio de salvação da humanidade é por meio da Igreja de Nosso Senhor.

NA SAGRADA TRADIÇÃO

Muitos são os ensinamentos dos santos e de muitos papas acerca desse dogma, selecionamos aqui apenas algumas citações:


“Fora da Igreja é possível tudo, exceto a salvação. É possível ter honras, é possível ter sacramentos, é possível cantar aleluias, é possível responder amém, é possível possuir o Evangelho, é possível ter fé no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, é possível pregar; mas em nenhum lugar senão na Igreja Católica, é possível encontrar a salvação”. Santo Agostinho

Papa Bonifácio VIII (1294-1303): "Por apego da fé, estamos obrigados a crer e manter que há uma só e Santa Igreja Católica e a mesma apostólica e nós firmemente cremos e simplemente a confessamos e fora dela não há salvação nem perdão dos pecados (...) Romano Pontífice, o declaramos, o decidimos, definimos e pronunciamos como de toda necessidade de salvação para toda criatura humana.

Papa Bonifácio VIII (1294-1303): "Por apego da fé, estamos obrigados a crer e manter que há uma só e Santa Igreja Católica e a mesma apostólica e nós firmemente cremos e simplemente a confessamos e fora dela não há salvação nem perdão dos pecados (...) Romano Pontífice, o declaramos, o decidimos, definimos e pronunciamos como de toda necessidade de salvação para toda criatura humana.

Papa Benedito IV (1740-1758): "Esta fé da Igreja Católica, fora da qual ninguém pode se salvar...".

Credo de Santo Atanásio (séc. IV), oficial da Igreja Católica: " Todo aquele queira se salvar, antes de tudo é preciso que mantenha a fé católica; e aquele que não a guardar íntegra e inviolada, sem dúvida perecerá para sempre (...) está é a fé católica e aquele que não crer fiel e firmemente, não poderá se salvar".

NO SAGRADO MAGISTÉRIO


Assim como os santos e os papas, os documentos da Igreja e seus concílios tem resguardado essa verdade de fé durante os séculos:

IV Concílio de Latrão(1215), infalível, Canon I: "...Há apenas uma Igreja universal dos fiéis, fora da qual absolutamente ninguém é salvo...". Canon III: "Nós excomungamos e anatematizamos toda heresia erguida contra a santa, ortodoxa e Católica fé sobre a qual nós, acima, explanamos...".

Concílio de Florença (1438-1445): "Firmemente crê, professa e predica que ninguém que não esteja dentro da Igreja Católica, não somente os pagãos, mas também, judeus, os hereges e os cismáticos, não poderão participar da vida eterna e irão para o fogo eterno que está preparado para o diabo e seus anjos, a não ser que antes de sua morte se unirem a Ela(...).

E finalizando, "Catecismo da Doutrina Cristã", mais conhecido por Catecismo Maior de São Pio X

149- Que é a Igreja Católica?
A Igreja Católica é a sociedade ou reunião de todas as pessoas batizadas que, vivendo na terra, professam a mesma fé e a mesma lei de Cristo, participam dos mesmos sacramentos, e obedecem aos legítimos Pastores, principalmente ao Romano Pontífice.

153- Então não pertencem à Igreja de Jesus Cristo as sociedades de pessoas batizadas que não reconhecem o Romano Pontífice por seu chefe?
Todos os que não reconhecem o Romano Pontífice por seu chefe , não pertencem à Igreja de Jesus Cristo.

156- Não poderia haver mais de uma Igreja?
Não pode haver mais de uma Igreja, porque, assim com há um só Deus, uma só fé e um só Batismo, assim também não há nem pode haver senão uma só Igreja verdadeira.

168- Pode alguém salvar-se fora da Igreja Católica, Apostólica, Romana?
Não. Fora da Igreja Católica, Apostólica, Romana, ninguém pode salvar-se, como ninguém pôde salvar-se do dilúvio fora da arca de Noé, que era figura desta Igreja.

Muitos são os católicos que ignoram totalmente esse magistério infalível, achando ser coisa do passado ou de bitolado, mas aí lança-se a pergunta:

quarta-feira, 16 de abril de 2014

DIAS DE GUARDA DA IGREJA E COMO SE DEVE GUARDÁ-LOS


Esta postagem tem o objetivo de tratar acerca de um tema moral que gera muitas dúvidas entre os fiéis católicos: Quais são os dias de guarda da Santa Igreja? Como se deve agir nesses dias? Assistir a Santa Missa é obrigatório? Pode-se trabalhar nesses dias?

Segundo o Código de Direito Canônico outorgado pelo papa João Paulo II em 1983, diz no seu parágrafo 1246 que:

"§ 1. O domingo, dia em que por tradição apostólica se celebra o mistério pascal, deve ser guardado em toda a Igreja como o dia de festa por excelência. Devem ser guardados igualmente o dia do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Epifania, da Ascensão e do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, de Santa Maria, Mãe de Deus, da sua Imaculada Conceição e Assunção, de São José, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, e, por fim, de Todos os Santos.

§ 2. Todavia, a Conferência dos Bispos, com a prévia aprovação da Sé Apostólica, pode abolir alguns dias de festa de preceito ou transferi-los para o domingo."
Portanto a citação acima mostra quais são os dias de guarda da Santa Igreja, de maneira que devido a secularização do mundo, muitos desses dias, pelo menos no calendário brasileiro, deixaram de ser feriado, o que dificulta a presença dos fiéis na Santa Celebração do Calvário. Dessa forma, para que o fiel possa participar da celebração, a Igreja local juntamente com a conferência dos bispos pode transferir este dia de guarda para o domingo subsequente. Mais a frente do parágrafo 1248, o código especifica como se cumpre o preceito daqueles referidos dias:

"Satisfaz ao preceito de participar da missa quem assiste à missa em qualquer lugar onde é celebrada em  rito católico, no próprio dia de festa ou na tarde do dia anterior."


Portanto, segundo o código, satisfaz o preceito quem participa da Missa da virgília, a dia no fim do dia anterior ao dia de preceito, inclusive o domingo. Porém, o dia de guarda não consiste apenas em participar do Santo Sacrifício, mas também em se resguardar de algumas atividades, como o explica o código no parágrafo 1247:

"No domingo e nos outros dias de festa de preceito, os fiéis têm a obrigação de participar da missa; além disso, devem abster-se das atividades e negócios que impeçam o culto a ser prestado a Deus, a alegria própria do dia do Senhor e o devido descanso da mente e do Corpo."

Descanso esse que deve ser especificado quais atividades podem ser feitas ou não. As atividades humanas se dividem em três tipos, as chamadas servis que se realizam através do uso de forças físicas, como cavar um buraco e etc., as chamadas liberais, que são as que contribuem para a formação cultural e moral da pessoa, como estudar, tocar instrumento musicais e etc., e as chamadas comuns, realizadas devido a necessidades humanas, como caçar, viajar e etc.

Dessa definição, decorre o compêndio de Teologia Moral do Del Greco que deve-se abster, para que o repouso festivo católico seja válido, de:
1 - Abstenção de obras servis
2 - Ações judiciárias
3 - Mercados públicos

Ou seja, fazer compras ou vender objetos, fazer atividades que exercem força física e trabalhar no campo judiciário em dias que deveriam ser de guarda se configuram como pecado de natureza grave. Porém, nesses dias são permitidas as artes liberais e as artes comuns, mesmo que sejam remuneradas.

Portanto, observemos nesses dias, que são tão poucos diante de 365 dias que tem um ano, o repouso, o culto a Deus e aproveitemos também essas datas para a prática da caridade, seja ela de natureza espiritual ou corporal.

terça-feira, 8 de abril de 2014

SEXO ORAL PODE OU NÃO ENTRE UM CASAL

Muitas dúvidas são comuns entre os católicos, principalmente no pertinente a questão da sexualidade. Portanto, iremos começar uma série de postagens nesse sentido na página moral católica acerca desses temas voltados ao campo sexual. O primeiro deles é o sexo oral: É permitido entre um casal (marido e mulher) ou não.

A princípio é lógico e básico que NÃO SE PODE EM HIPÓTESE ALGUMA ENTRE SERES QUE NÃO SEJAM CASADOS. Mas e entre um casal que se casou dignamente na Igreja, essa é a dúvida pertinente.

Primeiramente é necessário saber que o sexo entre o homem e a mulher tem duas finalidades: Unitivo e Procriativo. Unitivo no sentido de unir no amor perfeito através da referida relação o casal e procriativo no sentido que a relação entre o casal deve ser aberta a procriação. Por essa razão anticoncepcionais não são aceitos pela Igreja, pois foge ao caráter procriativo, mas esse é tema para um post seguinte.

Então vamos ao que interessa, o fato do sexo oral. O MESMO SERIA PECADO SIM E GRAVE, pois o mesmo foge a uma das finalidades primeiras do sexo, que seria a procriação. Senão está aberto a procriação é pecado grave.

Outro ponto a ser considerado é fato de que podem argumentar que o mesmo pode servir como estímulo para a relação sexual em si. Porém, se é um estímulo, seria como uma masturbação, um estímulo sexual, porém com o auxílio de outrem. dessa forma, o compêndio de Teologia Moral do Padre Del Greco nos é bem claro. O mesmo diz que a polução voluntária, que é aquela que a pessoa a deseja diretamente, está é pecado grave. Mesmo que seja o caso de não se chegar a polução, mas apenas o estímulo, o mesmo também é bem categórico ao afirmar:

"Os movimentos carnais, que se manifestam mediante excitações dos órgãos genitais, acompanhados de volúpia, quando provocados diretamente, constituem sempre um pecado grave se lhes dá consentimento". Ou seja, mesmo que não haja polução, o mesmo é pecado grave.

Irmãos, não procuremos nos assemelhar como pensam os pagãos, mas ao contrário, vamos mostrar que é possível viver na verdadeira pureza e castidade, conforme ensina Nosso Senhor na Sagrada Escritura:
"Vós todos considerai o Matrimônio com respeito e conservai o leito conjugal imaculado, porque Deus julgará os impuros e os adúlteros" (Heb 13,4)